Encontro no Comitê de Cultura reuniu Suellen Casticini e ex-participantes do projeto para uma imersão sobre memória, trauma e a ressignificação através da palavra.


Comitê de Cultura do Rio de Janeiro (Sulacap) foi palco, recentemente, de uma experiência transformadora de escuta e criação literária. A oficina "CONTRANARRANDO NARRATIVAS: Traumas, Dores e Memórias" promoveu um encontro entre a técnica da escrita e a vivência pessoal, convidando os presentes a refletirem sobre como suas histórias — muitas vezes marcadas por dores — podem ser reelaboradas e transformadas em potência criativa.

A atividade foi conduzida por Suellen Casticini, idealizadora do Contranarrar. Durante a oficina, Suellen apresentou a metodologia do projeto, que busca disputar o imaginário social através de narrativas que fogem do padrão hegemônico. O foco central foi o uso da escrita não apenas como registro, mas como ferramenta de elaboração de traumas e fortalecimento de identidades.

A Força da Escrita Periférica

Um dos pontos altos do evento foi a roda de conversa que integrou a teoria à prática, contando com a participação especial de ex-participantes do projeto: Candida Maria, Marçal Vianna e Luana Miguel.

O trio compartilhou suas trajetórias dentro do laboratório e debateu o conceito de escrita periférica. A discussão girou em torno da importância de ocupar espaços literários com vozes vindas dos territórios populares, validando a linguagem, o cotidiano e as memórias da periferia como matéria-prima de alta qualidade artística.

"Escrever a partir da periferia é um ato político e de cura. Quando nos reunimos para contranarrar, estamos dizendo que nossas memórias importam e que nossa dor não nos define, mas pode nos impulsionar a criar novos futuros", destacou a pauta do encontro.

A troca de experiências entre os convidados e o público evidenciou que o Contranarrar vai além de uma oficina de texto; é um espaço de acolhimento e de construção coletiva de saberes.


Sobre o Patrocínio

A realização deste projeto é um reflexo do investimento público na cultura fluminense.

Este projeto é patrocinado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, através do Edital Diversidade em Diálogo, com recursos da Lei Paulo Gustavo.


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